Todo mecânico automotivo já ouviu falar na injeção eletrônica, mas você sabe qual é a função real que este componente tem no funcionamento de um carro? Sabe em detalhes como é composto esse sistema?
Neste artigo, você entende melhor o que é a injeção eletrônica, para que ela serve, possíveis problemas que ela pode apresentar e cursos de capacitação que o ajudam a lidar com este componente do carro no dia a dia da oficina mecânica. Acompanhe!
O que é a injeção eletrônica?
A injeção eletrônica é um sistema que veio para substituir o carburador e tem como principal função determinar quanto combustível e ar deve ser fornecido ao motor do seu carro. Isso é feito a partir de um cálculo automatizado, que leva em consideração fatores como rotação do motor, velocidade do automóvel, fluxo de ar no motor, temperatura do motor, pressão atmosférica, entre outros.
Esse sistema foi criado pensando em reduzir as emissões de gases dos automóveis, atendendo às novas necessidades do mercado e também às novas exigências legais. Por isso, ele é responsável ainda pela redução do consumo do combustível e um melhor rendimento do motor (que consegue rodar mais com menos litros de gasolina, evitando entupimentos por excesso de fornecimento).
Por fim, a injeção eletrônica é também o sistema que controla a marcha lenta, o tempo de ignição do carro (favorecendo uma partida mais rápida) e até mesmo o comando das válvulas de admissão e escape.
Como funciona uma injeção eletrônica
A injeção eletrônica funciona baseada em três componentes principais, que são os sensores, os atuadores e o processador de dados.
Os sensores, como falamos antes, estão posicionados em pontos estratégicos do motor do carro e mandam informações do que acontece em diversas partes do motor para o processador de dados.
Os sensores de movimento, por exemplo, vão capturar a velocidade do sobe e desce dos pistões, enquanto o sensor de rotação confere a velocidade do giro do motor. Já os sensores de ar informam não só a quantidade de ar no motor, mas também a pressão a que está submetido.
O processador de dados tem por sua função calcular a quantidade de combustível e ar a ser injetado no motor com base nas variáveis enviadas pelos sensores. Tomada esta decisão, ela será enviada para os atuadores.
Já os atuadores, por sua vez, irão receber o comando do processador de dados e implementar as mudanças necessárias no motor, variando o volume de combustível, assim como o ponto de ignição, o uso da marcha lenta, etc.
Entre os atuadores estão as bobinas, os injetores, o motor corretor de marcha lenta, a válvula purga canister, a bomba de combustível, o eletroventilador de arrefecimento e até mesmo a luz de avaria do sistema de injeção eletrônica.
Esse processo é todo integrado e acontece várias vezes durante um mesmo percurso que o carro faça, de maneira que em poucos segundos o sistema possa detectar novas condições e ajustar-se para uma melhor performance.
Como identificar problemas na injeção eletrônica
Quando algum problema acontece na injeção eletrônica, uma luz vermelha ou amarela acende no painel do carro. Essa luz normalmente é exibida na forma de um triângulo ou raio. Portanto, a luz acesa no painel é o primeiro indicativo de problemas.
Porém, nem sempre o diagnóstico é tão simples assim. Há outros indícios menos óbvios que também podem significar que há algo de errado no sistema de injeção eletrônica. Confira alguns deles:
- Dificuldade de arrancar com o carro
- Perda de potência durante a direção
- Aumento sensível no consumo de combustível
- Luz de injeção eletrônica acendendo apenas de forma esporádica e não constante
Seja como for, a primeira solução não é a substituição da injeção eletrônica, afinal, o problema pode ser apenas um mal contato em algum dos seus sensores, que pode ser resolvido. Antes de qualquer medida, use o scanner de leitura do sistema para garantir que você saiba o que está acontecendo em detalhes.
Referência: https://escoladomecanico.com.br/injecao-eletronica-o-que-e/